Sábado, dia 12 de Março de 2011, o destino, levou-me até Sampaio, aldeia esta, bem situado no Vale da Vilariça. A manhã estava de chuva e como o céu não estava do meu agrado (muito nublado/branco), aproveitei para me deslocar até ao Ribeiro de Roios no "felgar" (nome dado ali às propriedades agrícolas), para fazer umas fotografias das quedas de água ao longo do ribeiro e dos Moinhos de Água. Depois de sair de Sampaio, virei à esquerda para a EN 102, e uns 500 metros depois virei à direita por um caminho em terra que vai dar ao "felgar". Deixando o carro ao cimo de um amendoeiral, segui a pé, com a bolsa da maquina ao ombro e o guarda-chuva na mão, pois sempre me protegia a mim e à maquina das gotas de água quem caiam do céu. Quando cheguei junto do ribeiro pela margem direita, já os pés estavam completamente encharcados, pois a vegetação estava toda molhada, como era de esperar.
Desci junto ao ribeiro, para fazer os primeiros registos das quedas de água, depois voltei a subir seguindo pela mesma margem até aos Moinhos de Água, pois ali junto ao ribeiro ainda existem as ruínas dos antigos moinhos.
Depois de algumas fotografias, voltei para traz até à ponte na EN 102, para poder passar para a outra margem, permitindo-me assim, chegar mais próximo das quedas de água com maior elevação. Descendo ribeiro abaixo, quando dei por mim, já estava junto às hortas, onde o ribeiro corre suavemente.
Ali os terrenos encontram-se cultivados, havendo mesmo pequenas estufas. A seguir voltei a subir pela margem direita em direcção aos moinhos, donde se tem uma vista geral dos terrenos de horta até à Ribeira da Vilariça.
Entrei dentro de um dos moinhos em ruínas, algumas paredes ainda se encontram em pé, mas outras estão completamente destruídas. No interior encostadas às paredes ainda se encontram duas mós (pedras graníticas redondas muito pesadas). Ainda se conservam e são bem visiveis os diques/levadas por onde seguia a água até ao cubo, que por sua vez ia para os rodizios de madeira, que estavam ligados a mó (pedra granítica redonda muito pesada), esta móia o cereal (trigo, milho, cevada, aveia, etc.) transformando-o em farinha, que depois era levada para casa.
Com o surgir das moagens industriais, os moinhos começaram a deixar de ser utilizados, até que acabaram por ficar abandonados sem a sua principal utilidade, que era moer o grão, transformando-o em farinha.
Os moinhos no "felgar", em tempos foram o sustento de muita gente, quer dos seus proprietários, quer de muitas pessoas do Vale da Vilariça, que ali levavam o grão para ser moído e depois transformado em farinha.
É pena que este património, não seja recuperado, valorizando assim a história e património da aldeia.
Pois já aqui falei noutros Moinhos de Água, que foram recuperados e o espaço envolvente transformado em local de lazer, isto no Vilarinho da Castanheira no concelho de Carrazeda de Ansiães (Moinhos de Água no Vilarinho da Castanheira). Sampaio, bem que podia seguir o exemplo, o que atrairia turismo para a aldeia.
Poderá ver esta postagem, também no blogue "O Cantinho do Jorge - À Procura do Nordeste Transmontano", em: http://cantinhodojorge.blogspot.com/
É pena que este património, não seja recuperado, valorizando assim a história e património da aldeia.
Pois já aqui falei noutros Moinhos de Água, que foram recuperados e o espaço envolvente transformado em local de lazer, isto no Vilarinho da Castanheira no concelho de Carrazeda de Ansiães (Moinhos de Água no Vilarinho da Castanheira). Sampaio, bem que podia seguir o exemplo, o que atrairia turismo para a aldeia.
Poderá ver esta postagem, também no blogue "O Cantinho do Jorge - À Procura do Nordeste Transmontano", em: http://cantinhodojorge.blogspot.com/
Sem comentários:
Enviar um comentário