Casa de campo, bem perto da Sr.ª da Rosa. Ao longo do Vale da Vilariça, encontram-se outras semelhantes estando algumas ao abandono como esta. Serviam e ainda servem algumas para as pessoas que trabalham no vasto vale se arrecolherem de intemperes, mas a sua principal função seria para arrecadação de alguns utencílios da lavoura.
terça-feira, 20 de outubro de 2009
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Varanda em madeira
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
Noras no Vale da Vilariça
No passeio pelo Vale da Vilariça, ao encontro das canameiras, uma das coisas que me chamou mais à atenção foi o estado degradante em que se encontram as noras.
Nora é um engenho ou aparelho para tirar água de poços ou cisternas. É constituído por uma roda com pequenos reservatórios ou alcatruzes.Possui uma haste horizontal acoplada a um eixo vertical que por sua vez está ligado a um sistema de rodas dentadas. Este sistema faz circular um conjunto de alcatruzes entre o fundo do poço e a superfície exterior. Os alcatruzes descem vazios, são enchidos no fundo do poço, regressam e quando atingem a posição mais elevada começam a verter a água numa calha que a conduz ao seu destino. O ciclo de ida e volta dos alcatruzes ao fim do poço para tirar água mantém-se enquanto se fizer rodar a haste vertical e o poço tiver água.
Com o aparecimento dos motores de rega, este sistema foi ficando cada vez mais fora de uso e hoje como se pode ver nas fotografias as noras no Vale da Vilariça estão ao abandono e num estado degradante.
Não há canameira que não tenha uma nora. Ainda me recordo bem do macho ou burro andar em volta da nora com os olhos vendados a tirar água para regar a horta.
É com tristeza que olha este cenário. Também a minha filha mais velha, me acompanhou neste passeio e ficou encantada nas noras que viu, sempre com a esperança de ver os alcatruzes a encherem-se de água, mas por onde começamos o nosso passeio não havia nenhuma em condições para funcionamento. Depois de passarmos por várias encontramos então uma em condições aceitáveis, onde matei saudades, agarrando no pau de madeira, fazendo circular os alcatruzes, enchendo-se estes de água e vertendo-a na calha, onde me baixei e bebi. Mas que água fresquinha!
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
Hortas no Vale da Vilariça em Sampaio
Foi com saudades que fiz um passeio pelo vale da Vilariça no termo de Sampaio, olhando as canameiras, juntas à Ribeira da Vilariça, onde passei algum tempo de menino e da minha juventude.
A população de Sampaio, dedicam-se essencialmente à agro pecuária. Os terrenos que possuem no Vale da Vilariça, são bem aproveitados para hortaliças e frutas diversas. Produzem também azeite, vinho, e amêndoa, mas os produtos de cultivo nas chamadas canameiras juntas à Ribeira da Vilariça, são essencialmente feijão, batata, alface, tomate, couve, etc. Estes produtos são para consumo próprio, mas grande quantidade é para abastecer os mercados de outras regiões.
É com saudades que recordo os meus tempos de menino, quando saía da escola e ia com os meus pais para a canameira, ou na altura das férias que me levantava de madrugada para irmos regar as hortaliças. Ainda hoje me lembro do cheirinho da madrugada, daquele fresquinho junto à ribeira.
Hoje o cenário das canameiras no Vale da Vilariça já é um pouco diferente, havendo aquelas ainda bem cultivadas como se pode ver nas fotos, há outras praticamente ao abandono, pois as camadas mais jovens já não têm aquele interesse no cultivo da terra, ou arranjaram um trabalho noutra área ou então emigraram.
Só de me lembrar, daqueles campos todos cultivados e verdinhos com as hortaliças, olhar à volta e ver uma imensidão de gente logo de manha na labuta da terra, chegava-se a ficar todo o dia por lá, fazia-se de comer ou leva-se e na hora de mais calor comia-se à sombra da bebereira e dormia-se uma sesta e quando o sol já não queimava tanto, lá iam todos mais uma vez para a labuta.
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quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Vinha
sexta-feira, 10 de julho de 2009
sábado, 25 de abril de 2009
Escola Primaria
Foi aquí, nesta escola, que aprendi a ler e a escrever, que frequentei desde a 1.ª classe à 4.ª classe. Ainda recordo com saudades o tempo que passei na companhia de professores e colegas, trabalhos realizados, brincadeiras no pátio e recinto da escola. Que saudades dos companheiros, das brincadeiras e da professora Anabela! Recordo também aqueles dias de chuva, em que eu ia para a escola a pé, pelo caminho desde a Quinta onde morava até chegar à escola.
Ainda guardo alguns livros da escola primaria, trabalhos feitos na escola e um livrinho de histórias que me foi oferecido pela professora Anabela.
Ainda guardo alguns livros da escola primaria, trabalhos feitos na escola e um livrinho de histórias que me foi oferecido pela professora Anabela.
É com saudades e tristeza que olho para a escola onde aprendi a ler e a escrever, saudades pelos bons momentos que alí passei na companhia de colegas e professores, tristeza por se encontrar ao abandono. Que tristeza, ver a erva crescer naquele recinto, não haver meninos a correr para não a deixar crescer. Esta postagem é dedicada a todos os alunos e professores que por esta escola passaram.
Sepulcro Medieval
Quando o vi pela primeira vez, era eu ainda criança, encontrava-se no Largo da Fonte, junto à fonte que ali existia, vindo a ser tapada mais tarde, servia então de bebedouro para os animais. Neste momento encontra-se dentro do adro da Igreja Matriz (Igreja de Santo André).
É pena que se encontre tão mal prezado, estando alí encostado a uma parede rodeado e cheio de erva, quase esquecido, sem que alguém lhe de importância. Era pois de estar protegido e bem tratado, uma vez que faz parte do património cultural da aldeia.
quinta-feira, 26 de março de 2009
Cabeço de S. Pedro e Cabeço de Santa Cruz
Domingo, 22 de Março, depois de almoçar em casa dos meus pais em Sampaio, sai à procura de mais uma aventura, segui o caminho que passa pelo cemitério da aldeia em direcção ao Ribeiro de Roios com destino ao Cabeço de S. Pedro e Santa Cruz.
Eram já seis da tarde quando regressei a casa.
Chegando ao Ribeiro de Roios, tive que subir até lá, por meio de giestas, carrascos e estevas, perdi algum tempo fotografando algumas flores de esteva que já estavam floridas, chamando-me a atenção alguns insectos no seu interior.
Quando dei por mim estava junto ao Cabeço de S. Pedro, dei a volta procurando um acesso melhor que me permitisse lá subir. Fiquei fascinado pela sua altura e a paisagem que se avista deste lugar.
Depois de tirar algumas fotografias panorâmicas à aldeia de Sampaio e ao próprio Cabeço, dirigi-me então para o Cabeço da Santa Cruz. Segui por meio de um estacal e amendoeiral até lá chegar, tendo ainda tempo para fazer uns macros das amêndoas novas nas amendoeiras.
Foi difícil o acesso ao cabeço, tive que passar por meio de carrascos e subir as fragas que o compõem.
Depois de algum esforço para conseguir lá subir, lá estava eu junto à Cruz de madeira que ali esta de pé há longos anos. Achei curioso como se consegue manter de pé aquela cruz de madeira durante tanto tempo. No centro da cruz tem um coração trabalhado em ferro, ao fundo tem uma chapa com bicos aguçados espetada na madeira.
Quando dei por mim estava junto ao Cabeço de S. Pedro, dei a volta procurando um acesso melhor que me permitisse lá subir. Fiquei fascinado pela sua altura e a paisagem que se avista deste lugar.
Depois de tirar algumas fotografias panorâmicas à aldeia de Sampaio e ao próprio Cabeço, dirigi-me então para o Cabeço da Santa Cruz. Segui por meio de um estacal e amendoeiral até lá chegar, tendo ainda tempo para fazer uns macros das amêndoas novas nas amendoeiras.
Foi difícil o acesso ao cabeço, tive que passar por meio de carrascos e subir as fragas que o compõem.
Depois de algum esforço para conseguir lá subir, lá estava eu junto à Cruz de madeira que ali esta de pé há longos anos. Achei curioso como se consegue manter de pé aquela cruz de madeira durante tanto tempo. No centro da cruz tem um coração trabalhado em ferro, ao fundo tem uma chapa com bicos aguçados espetada na madeira.
De volta da cruz cravada no cimo daquele cabeço, havia vestígios de ali ter existindo um gradeamento em ferro, que segundo o que me foi contado na aldeia de Sampaio, parece que alguém o roubou. Ao que chegamos!
Dalí sim, consegue-se ver o longo Vale da Vilariça, vendo-se algumas das suas aldeias: Sampaio, Junqueira, Lodões, Vilarelhos, entre outras. Vê-se também Roios e Vale Frechoso. Não me cansava de fotografar aquele lugar e fazer algumas panorâmicas do basto Vale da Vilariça. Fiquei maravilhado.
Há quem lhe chame cruzeiro da santa Cruz ou Castro da Santa Cruz e Castro de S. Pedro, pois Castro é considerado um lugar fortificado das épocas pré - romanas, na Península Ibérica, que era um povoado permanente ou apenas refugio das povoações circunvizinhas em caso de perigo. Neste cabeço existem vestígios de um povoado fortificado, pode-se confirmar a presença de uma linha defensiva pela grande quantidade de pedras que ali se encontram e talvez fosse um local de vigia devido a altura que se encontra.
Há quem lhe chame cruzeiro da santa Cruz ou Castro da Santa Cruz e Castro de S. Pedro, pois Castro é considerado um lugar fortificado das épocas pré - romanas, na Península Ibérica, que era um povoado permanente ou apenas refugio das povoações circunvizinhas em caso de perigo. Neste cabeço existem vestígios de um povoado fortificado, pode-se confirmar a presença de uma linha defensiva pela grande quantidade de pedras que ali se encontram e talvez fosse um local de vigia devido a altura que se encontra.
Depois de enumeras fotografias tiradas, desci em direcção ao Cabeço de S. Pedro, seguindo um caminho até à Quinta da Regada, para meu espanto, completamente diferente enquanto eu criança por ali ia com meu avô, esta tudo ao abandono, as casas completamente destruídas e nem presença de alguma arvore de fruto que ali existia, como tudo se vai.
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