segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Varanda em madeira

Quando se procura, há sempre algo de interessante que nos chama a atenção. Em mais uma ida a Sampaio, chamou-me a tenção esta casa, mais propriamente a varanda, quer pela sua construção em madeira, quer pela sua cor verde.
Esta varanda em madeira, não é única em Sampaio, existem mais algumas contruidas em madeira, tanto o chão como a protecção à sua volta, esta tem a particularidade de ser toda fechada ao contrario do que aconte-se com outras que têm agumas aberturas .
Fotografia: tirada na rua Cimo do Povo.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Noras no Vale da Vilariça

No passeio pelo Vale da Vilariça, ao encontro das canameiras, uma das coisas que me chamou mais à atenção foi o estado degradante em que se encontram as noras.

Nora é um engenho ou aparelho para tirar água de poços ou cisternas. É constituído por uma roda com pequenos reservatórios ou alcatruzes.Possui uma haste horizontal acoplada a um eixo vertical que por sua vez está ligado a um sistema de rodas dentadas. Este sistema faz circular um conjunto de alcatruzes entre o fundo do poço e a superfície exterior. Os alcatruzes descem vazios, são enchidos no fundo do poço, regressam e quando atingem a posição mais elevada começam a verter a água numa calha que a conduz ao seu destino. O ciclo de ida e volta dos alcatruzes ao fim do poço para tirar água mantém-se enquanto se fizer rodar a haste vertical e o poço tiver água.

Com o aparecimento dos motores de rega, este sistema foi ficando cada vez mais fora de uso e hoje como se pode ver nas fotografias as noras no Vale da Vilariça estão ao abandono e num estado degradante.

Não há canameira que não tenha uma nora. Ainda me recordo bem do macho ou burro andar em volta da nora com os olhos vendados a tirar água para regar a horta.

É com tristeza que olha este cenário. Também a minha filha mais velha, me acompanhou neste passeio e ficou encantada nas noras que viu, sempre com a esperança de ver os alcatruzes a encherem-se de água, mas por onde começamos o nosso passeio não havia nenhuma em condições para funcionamento. Depois de passarmos por várias encontramos então uma em condições aceitáveis, onde matei saudades, agarrando no pau de madeira, fazendo circular os alcatruzes, enchendo-se estes de água e vertendo-a na calha, onde me baixei e bebi. Mas que água fresquinha!

A minha filha ficou encantado no que viu, e quis também fazer rodar os alcatruzes e beber daquela água fresquinha. Nunca tinha visto uma nora a deitar água. Pena não haver um burro ou macho a andar à volta a fazer circular aqueles alcatruzes, pois ela ficaria radiante.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Hortas no Vale da Vilariça em Sampaio

Foi com saudades que fiz um passeio pelo vale da Vilariça no termo de Sampaio, olhando as canameiras, juntas à Ribeira da Vilariça, onde passei algum tempo de menino e da minha juventude.

A população de Sampaio, dedicam-se essencialmente à agro pecuária. Os terrenos que possuem no Vale da Vilariça, são bem aproveitados para hortaliças e frutas diversas. Produzem também azeite, vinho, e amêndoa, mas os produtos de cultivo nas chamadas canameiras juntas à Ribeira da Vilariça, são essencialmente feijão, batata, alface, tomate, couve, etc. Estes produtos são para consumo próprio, mas grande quantidade é para abastecer os mercados de outras regiões.


É com saudades que recordo os meus tempos de menino, quando saía da escola e ia com os meus pais para a canameira, ou na altura das férias que me levantava de madrugada para irmos regar as hortaliças. Ainda hoje me lembro do cheirinho da madrugada, daquele fresquinho junto à ribeira.

Hoje o cenário das canameiras no Vale da Vilariça já é um pouco diferente, havendo aquelas ainda bem cultivadas como se pode ver nas fotos, há outras praticamente ao abandono, pois as camadas mais jovens já não têm aquele interesse no cultivo da terra, ou arranjaram um trabalho noutra área ou então emigraram.

Só de me lembrar, daqueles campos todos cultivados e verdinhos com as hortaliças, olhar à volta e ver uma imensidão de gente logo de manha na labuta da terra, chegava-se a ficar todo o dia por lá, fazia-se de comer ou leva-se e na hora de mais calor comia-se à sombra da bebereira e dormia-se uma sesta e quando o sol já não queimava tanto, lá iam todos mais uma vez para a labuta.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Vinha

Como estamos em época de vindima, aquí fica uma fotografia de uma vinha, com a aldeia lá ao fundo.
Fotografia tirada no lugar da Chã Grande, bem perto da Sr.ª da Rosa.